CAVALCANTE,
Maria Marina Dias. Identidade: uma
construção histórica. In tese de doutorado, UFC, 2005.
O
conceito de identidade está entre aqueles aspectos da realidade humana que não
podem ser compreendidos isoladamente. Em primeiro lugar, devemos considerar que
não é um conceito “riginário” nem próprio da psicologia, mas interdisciplinar.
A identidade se afirma por oposição
e contraste com outro: eu/outro são os
elementos de uma contradição.
Ela sempre é assimilada através de
um processo de interação com os outros. São outros que o identificam de certa
maneira, é que pode tronar-se real para o indivíduo ao qual pertence.
O indivíduo tem uma representação de
si, de sua identidade, do seu eu, que se intercambia com suas vivências
subjetivas. Na concretude das vivências grupais, a identidade localiza o indivíduo
no universo social especifico, tornando-o apto as relações sociais. E
compreender que a identidade do pedagogo é algo bem complexo.
A identidade de um profissional da
educação é ser um educador, no entanto, ele aprende a ser múltiplo, pois pode
atuar em diversas áreas profissionais.
O significado social atribuído a
profissão, o sentido conferido a atividade docente e as relações que perpassam
o fazer do pedagogo em seu contexto de trabalho são aspectos determinantes de
sua identidade profissional.
Compreender a identidade
profissional implica num olhar sobre seu contexto de ação, considerando a
função social a igual se destina.
A ideia gira em torno da construção
da identidade através da subjetividade, pois esta palavra carrega consigo
valores e ideias singulares que quando colocadas juntas contribuem para uma
transformação social.
O aspecto mais visível da
profissionalidade docente são os saberes profissionais e, mais especificamente
os conhecimentos das ciências transformados em conteúdos que se transmitem nas
escolas.
PALAVRAS-CHAVE: Identidade;
Interiorização; Interação; Especificidades do indivíduo; Pedagogo;
Complexidade; Polivalente; Significado social; Identidade profissional; Subjetividade;
Profissionalidade docente.
LIMA,
M.S.L. Docência e Profissão. Mimeo,
2008.
O que sabemos sobre a profissão
docente? Partiremos do pressuposto que, atualmente, as informações sobre esta e
outras questões nos chegam de tantos e diferentes lugares e fontes que estamos
sempre distanciados do fenômeno como um todo. Sabemos popularmente, pelos meios
de comunicação e informação, de retalhos mal costurados da profissão.
O trabalho docente insere-se nesse
âmbito como forma de livrar a professores a realizar a práxis no
desenvolvimento das suas atividades concretas.
Muitas vezes o aluno tem maior
acesso a internet e a leituras que o professor, deixando-o sempre devedor,
diante da multiplicidade de informações sobre esta e outras questões nos chegam
de tantos e diferentes lugares e pontos e estamos sempre distanciados do
fenômeno como um todo.
A profissão magistério vive os
desafios do enfrentamento de um desempenho para além da sala de aula. Ou seja,
o professor precisa dar conta de todas as necessidades educacionais.
Dos professores são cobradas
respostas para questões que extrapolam sua esfera de atuação, tais como as
lacunas de formação e domínio de leitura e escrita acumuladas ao longo dos anos
escolares dos alunos, entre outras questões sociais como a violência, a droga,
o desinteresse dos alunos pela escola, as atuais exigências postas no professor
e na escola por conta da mercantilizarão do ensino na sociedade capitalista.
Como os professores articulam vida,
trabalho e desenvolvimento profissional? Com vistas à práxis pedagógica? Os
objetivos delineados buscaram compreender como acontece a citada articulação,
diante das mudanças ocorridas na educação; refletir com os professores sobre a
realidade por eles vivenciada nos diferentes espaços de formação e a influência
dos mesmos em sua prática docente.
A investigação permitiu a
compreensão de que sem o devido respeito as condições de vida, trabalho do
docente, os programas de formação contínua dificilmente darão conta de uma
educação de qualidade, mesmo levando em consideração de vida e trabalho do
docente, os programas de formação contínua.
Diferente do individualismo
competitivo pode ser um processo de democratização da educação, com o objetivo
de construir a autonomia profissional junto com a autonomia social.
Em suma, a docência, a profissão, a
formação e o desenvolvimento profissional fazem parte da mesma luta o que
sugere a natureza do trabalho docente requer que ele tenha uma permanente e
constante revisão das suas práticas.
PALAVRAS-CHAVE: Docência; Profissão; Práxis;
Multiplicidade de informações; Trabalho; Avaliação; Exigências; Capitalismo;
Democratização da educação